quinta-feira, 10 de março de 2011

Afinal, de que igreja você é?

- Você é crente?

- Sim, graças ao Senhor.

- Que bom! Eu também. De que igreja você é?

- Bom, deixe-me pensar... Irmão, eu sou da única igreja que existe?

- Como assim? Não entendi!

- Quantas igrejas você acha existam?

- Centenas, talvez milhares!

- Eu acredito que não seja bem assim!

- Como não!?, só no meu bairro existem seis!

- Quantas noivas O Senhor Jesus tem?

- Uma só!

- E quantos corpos Cristo tem?

- Um também

- Pois é! A Bíblia nos deixa bem claro em Colossenses 1:18 e 1;24 que a Igreja é o Corpo de Cristo. E o próprio Cristo e a cabeça.

- Irmão, eu só te perguntei de que igreja você é! Se você é da igreja batista, da Assembleia de Deus, da adventista...

- Então irmão, na verdade você não me perguntou de que igreja eu sou e sim, de que denominação eu sou.

- Ah! tô começando a entender. Vou te perguntar de novo: de que denominação você é?

- De qual denominação a Bíblia me orienta ser?

- Me parece que a bíblia não diz nada sobre isso.

- Já parou pra pensar se você fizesse esta mesma pergunta para algum dos Apóstolos de Jesus, naquela época? O que será que apostolo João te responderia? Será que era João da igreja Metodista? E Pedro, será que ele era da “Deus é amor”?

- Irmão, isso chega a ser engraçado, né? Nunca tinha pensado nisso.

- Certamente, eles não entenderiam sua pergunta.

- É, eles não entenderiam mesmo, naquela época não era como agora.

- Não era mesmo irmão! E você acha que quem está errado: os cristão daquela época, que não tinham denominações ou os de hoje.

- Acredito que se alguém está errado somos nós. Mas o que você quer dizer com isso irmão.

- Quero dizer que não pertenço a nenhuma denominação.

- Ah! Você não tem igreja! né.

- Irmão! Eu sou parte da Igreja do Senhor, o que não tenho é denominação!

- Você não tem denominação, mas é parte da Igreja! Me explica isso melhor.

- É o seguinte...denominação é algo totalmente diferente da Igreja. A igreja é composta por todo aquele, que creu no Senhor Jesus, que O recebeu como Senhor e Salvador, como diz no evangelho de João 1:12.

- Sim... fale mais.

- Em 1Corintios 12:12 nos diz:“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo.” Viu? Apesar de haver vários membros há apenas um Corpo. E já vimos em Colossenses que a Igreja é o Corpo de Cristo. E para não restar duvidas no verso 27 diz: “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.” Isso quer dizer juntos, todos os irmãos, formam o Corpo de Cristo. E individualmente cada um é apenas um membro.

- Mas você precisar de um lugar para congregar, ter um nome de referencia. Lembra de Hebreus 10:25 ? “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”

- Sim irmão. A palavra do Senhor é para ser cumprida, mas não preciso de uma denominação para cumpri-la, os primeiros cristãos não tinha denominações e certamente cumpriam bem mais as escritura que nós. Eu preciso da Igreja, eu preciso congregar, eu preciso da comunhão dos demais irmãos, o que eu não preciso é de uma denominação, de uma instituição religiosa.

- Me fale qual a diferença entre denominação e igreja.

- A Igreja é todo o povo de Deus, ela é composta por todos aqueles que nasceram de novo, por todos aqueles que são uma nova criatura em Cristo Jesus. A Igreja não tem fronteiras, a igreja não tem nacionalidade. Denominação é uma instituição, que assim como um empresa possui um CNPJ, um estatuto...A igreja não tem CNPJ e seu estatuto é a bíblia. Uma denominação tem uma data de fundação e pode ter uma data de extinção. A Igreja foi fundada a mais de 2000 anos lá na cruz do calvário e seus membros estão arrolados nos céus(Hebreus 12:23).

- Mas onde fica o templo nessa história? Você precisa ter um lugar para congregar.

- Irmão primeiramente, em toda a bíblia existiu apenas um templo e era em Jerusalém, construído por Salomão. Templo é algo da antiga aliança. Hoje, no novo testamento não existe templo.

- Então não existe um lugar que devemos adorar a Deus?

- Esta era a mesma duvida que uma certa mulher samaritana tinha. Ela queria saber onde se deveria adora a Deus: se no monte onde Jacó adorou ou em Jerusalém. Jesus respondeu a ela: “Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai... Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:21-24 RA). Você não acha que estas palavras de Jesus são para ser levadas a serio?

- Então é errado ter um lugar para reunir?

- Irmão não é errado que os irmãos tenham um local para reuniões, mas uma coisa deve ficar bem clara, este local nada tem de especial, não é um lugar sagrado, e eu não preciso ter um vinculo com ele, meu vinculo tem que ser com os membros do Corpo de Cristo, não com um local físico. A Igreja do Senhor é feita de pedras vivas, não com cimento e tijolos. Como o apostolo Pedro diz: “também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (1 Pedro 2:5 RA)

- Mas não está certo esse negócio de se reunir em casa. eu já houvi falar de pessoa que não vão a igreja, ou melhor dizendo não vão ao templo....quer dizer, não vão na casa de oração.

- Irmão você tem que dizer isso para quem escreveu a bíblia, lá aparece varias menções de igrejas nas casas. Filemom 2, Romanos 16:5, Colossenses 4:15. E mais em Atos nos diz: “Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas?” (Atos 7:48-50 RA)

- Irmão entendi o que você falou, mas não vejo problemas em continuar em uma denominação. Estou servido a Deus fazendo o melhor que eu posso.

- Irmão, não tenho duvidas que você ama a Deus. E além do mais você é parte de mim. Você creu no Senhor Jesus e o Espirito Santo passou a habitar em ti. O mesmo Espirito que habita em ti habita em mim, somos irmão. Mas tenho que te dizer que o denominacionalismo não glorifica a Deus. O denominacionalismo é divisão do Corpo de Cristo. "Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?" (I Coríntios 1 : 13). O povo de Deus tem ser um para que o mundo creia, em João 17: 20-21 diz: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:20-21 RA)

- O que é isso que você chama de denominacionalismo? Não vejo problema em se adotar um nome.

- Denominacionalismo é o ato de se dividir do restante do Corpo de Cristo, formando um grupo sob o emblema de uma doutrina(falsa ou verdadeira), de uma pessoa, de uma pratica, etc. Cremos no batismo, mas nem por isso devemos nos denominarmos batistas”. Cremos que há presbíteros no Corpo de Cristo, mas nem por isso devemos nos denominarmos “presbiterianos”. Cremos nos dons(do grego charismas), nem por isso devemos nos denominarmos “carismáticos”. Cremos no pentecoste, mas nem por isso devemos nos denominarmos “pentecostais”. Cremos que Martinho Lutero foi um grande servo de Deus, mas nem por isso devemos nos denominarmos “Luteranos”. Cremos nos métodos de Deus, mas nem por isso devemos nos denominarmos “Metodistas”. Cremos no advento(vinda) do Senhor Jesus, mas nem por isso devemos nos denominarmos “adventistas”. Não ousamos colocar sobre nós qualquer nome que não possa ser usado por todos os filhos de Deus.

- Isso tá me cheirando ecumenismo! Olha irmão, esse negócio de ecumenismo é coisa do diabo! Num entrar nessa não!

- Irmão isso não tem nada haver com ecumenismo. O ecumenismo prega a união de todas as religiões. Eu estou falando da união do Corpo de Cristo, ou seja a união de todos os verdadeiros filhos de Deus. Eu estou falando da união da família de Deus. Ou você acha que a família de Deus tem que estar dividida? Irmão não deve existir divisão no Corpo de Cristo. Paulo nos diz: “para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros.” (1 Coríntios 12:25 RA)

- Mas isso parece ecumenismo!

- Irmão, ecumenismo é a união de instituições religiosas. Eu estou falando da unidade do Corpo de Cristo.

- Você é daqueles que acredita que todos os caminhos conduzem a Deus?

- Não irmão, há apenas um caminho. Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6 RA). “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4:12 RA). Salvação só em Jesus Cristo, ele é o único caminho.

- Irmão, como seria todos os irmãos vivendo juntos, cada um com suas doutrinas, cada um com seu pensamento? Não seria uma grande babel.

- Irmão babel é o que vemos hoje, milhares de denominações, dividindo o Corpo de Cristo. Isto realmente é uma babel

- Irmão, isto me fez lembrar daquela passagem: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7 RA). Lembrei também daquele:“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.” (João 10:16 RA). Realmente seria muito maravilhoso se todo o povo de Deus fosse na pratica um só rebanho, mas acredito que seja tão difícil. Acredito que seja uma utopia.

- Irmão você não pode dizer que a palavra de Deus seja utopia. O Nosso Deus é o Deus do impossível. Se ele deseja que seu povo seja UM, devemos também desejar isso, a despeito de qualquer dificuldade por maiores que sejam. Lembre-se sem fé é impossível agradar a Deus(Hebreus 11:6)

- É verdade irmão, estou começando a concordar com você. Mas se não há denominação, se não há uma instituição religiosa,como fica a liderança?

- Irmão, me diga como era a liderança na igreja primitiva? Eles não tinham denominações e não pertenciam a nenhuma instituição religiosa.

- Irmão, eu creio que naquela época a liderança era exercida pelos cristãos mais maduros que naturalmente tomavam a posição de seguir na frente enquanto os cristãos mais novos seguiam seu exemplo.

- Pronto irmão, você mesmo respondeu sua pergunta!Mas vale dizer que a autoridade no mundo é diferente da autoridade na igreja. No mundo a autoridade é posicional, ou seja, não importa quem você é, se você está em determinada posição você tem autoridade. Por exemplo: não importa se você é um alcoólatra, se você mente, se você é mau esposo, um mau pai, mas se você ocupa o cargo de capitão do Exército, você tem a autoridade que essa posição lhe confere. Na igreja é totalmente diferente. O importante é quem você é, se você tem uma vida consagrada, se tem um testemunho irrepreensível, se você é um obreiro que maneje bem a palavra de Deus, então naturalmente haverá pessoas que te procurarão em busca de ajuda e se submeterão a vida de Deus que há em ti.

- Mas a bíblia não fala de presbíteros?

- Sim. A palavra presbítero significa ancião, Na bíblia a liderança de uma igreja local era exercida pelos presbíteros, ou seja pelos irmãos mais maduros naquela localidade. E essa liderança era sempre plural. Em 1Tm 3:1-7 e Tt 1:5-9 vemos como deveriam ser estes homens.

- Mas hoje irmão, a gente que faz parte de uma igreja, ou melhor dizendo de uma instituição religiosa temos que nos submeter a pessoas que nem conhecemos. Lá na minha congregação mesmo, frequentemente há a troca de pastor e as vezes vem pessoas de outras cidade para assumir o cargo.

- Pois é irmão! Na bíblia não vemos tal coisa. Lembra daquela conversa que Paulo teve com os presbíteros de Éfeso em Atos 20, porque aqueles homens acataram e se submeteram as palavras de Paulo? Foi porque eles conheciam pessoalmente a Paulo, eles conviveram com Paulo e viram sua consagração à obra de Deus. A primeira coisa que Paulo faz ao falar com os presbíteros de Éfeso é invocar o seu testemunho dizendo a eles: “Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia,” (Atos 20:18 RA). Eles conheciam Paulo muito bem.

- Realmente! Irmão como eu nunca tinha visto isso!?

- Irmão e por outros lado o próprio Senhor Jesus proibiu o uso de títulos na igreja, o Senhor disse que somos todos irmãos.

- O Senhor proibiu o uso de títulos?

- Sim irmão.

- Me mostra isso!

- Olha só irmão: “Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23:8-12 RA)

- Irmão isso é demais para mim! Primeiro você me diz que não tem denominação, depois que a Igreja é o Corpo de Cristo, depois que denominação é divisão do Corpo de Cristo, depois que não existe templo novo testamento, depois que liderança no Corpo de Cristo não é posicional, agora você vem me dizer que Jesus proibiu o uso de títulos?

- É irmão! E tem mais Jesus também proibiu hierarquia no meio de seu povo.

- O quê?

- É isso que você ouviu, Jesus proibiu hierarquia no meio de seu povo .

- Vai lá, eu sou forte, me mostra mais essa.

- Pois bem, vamos ler mais um pouco das palavras de Jesus:“Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mateus 20:25-28 RA)

- Ufa! irmão é muita coisa pra um dia só. Mas...a palavra não fala de pastor, diáconos? Isso não são títulos? E se tudo é realmente assim onde fica os dízimos nessa historia? E se não há um lugar como os irmãos vão se encontrar? E se alguém pecar como é a disciplina? E se...

- Calma irmão! Não tenho como te explicar tudo isso de uma só vez, mas creio que se tivermos o coração disposto a aprender do Senhor, se deixarmos de lado os nosso conceitos pré-concebidos, o Senhor falara grandiosamente conosco desvendando os seus caminhos para nós, como diz as escrituras : “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4:18 RA).

- Irmão, muito coisa do que você falou é verdade, mas tem algumas coisas que não concordo e outras vou ter que examinar melhor.

- Amém irmão! A palavra nos diz:“julgai todas as coisas, retende o que é bom;” (1 Ts 5:21 RA).

- É verdade irmão temos que ser como os de Bereia. “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17:11 RA)

- É isso aí irmão!

- Irmão foi bom te conhecer. Foi boa esta conversa. Mas preciso ir. Mas tenha certeza que voltaremos a conversar sobre isso.

- Calma irmão! Você não pode sair daqui sem oramos

- Orar?

- Sim!

- Então vamos lá.

- Senhor te agradeço por ter conhecido mais um membro do teu Corpo, Te agradeço também pela comunhão que tivemos. Senhor nos leve a te conhecer cada vez mais, nos leve a te amarmos mais hoje do que amamos ontem. Peço que Senhor abençoe este meu irmão, dando da tua graça e conduzindo os seus passos.

- Senhor obrigado porque tu sempre nos surpreende. Obrigado porque quando pensamos que chegamos ao fim tu nos mostra um horizonte mais adiante. Quão insondáveis são os teus caminhos. Quebra todo sofisma que reside em nossas mentes. Amém!

- Amém!

- A Paz do Senhor irmão!

- Graça e Paz!


(diálogo fictício)

Autor: Solimar Silva e Silva

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Permanecer Humilde

Uma das maiores lições que Stephen Kaung me ensinou através da sua vida foi a importância crucial de permanecer humilde diante da maior revelação de Cristo. Certa vez entregou uma mensagem em 1995 que me impactou profundamente. Ele contou a história da obra de Deus na China através de Watchman Nee. As histórias que ele contou sobre a obra foram simplesmente notáveis.

As igrejas orgânicas foram plantadas por todas as partes da China nesta obra. Multidões de jovem vieram para o Senhor. Eles tocaram a glória de Deus e experimentaram o Corpo de Cristo de um modo maravilhoso. A maior parte das igrejas tradicionais na China não gostou dessas novas igrejas. De fato, se sentiram ameaçadas por elas. Watchaman Nee foi marcado como “ovelha ladra” porque as pessoas que estavam mortas na vinha da igreja tradicional se juntavam à sua obra em números massivos.

Quando Stephen Kaung contou a história, parou e começou a chorar. Ele disse: “Mas algo aconteceu. O orgulho veio sobre nós. Como tínhamos recebido uma revelação profunda do Senhor, sentimos que éramos especiais. Sentimos que éramos melhores do que outros cristãos. Não falávamos mais que éramos parte da igreja, começamos a dizer que éramos a igreja na cidade” Stephen Kaung prosseguiu dizendo que Deus deixou isto prosseguir durante algum tempo, mas um pouco adiante, tirou Sua mão da obra. E na opinião de Stephen, Ele permitiu que ela fosse espalhada.

Aquelas palavras tinham trovões e relâmpagos para mim. Perguntei a ele: “Irmão Stephen, como um grupo de cristãos encontra o Senhor nas profundezas e evita pensar de si mesmos que são especiais?” A sua resposta foi simples: “Só Deus pode fazer isto... a nossa parte deve ser de nos
humilhar sob a Sua poderosa mão e Ele nos elevará”.

Aqui está uma oração para se fazer. Sempre que você vê ao Senhor de uma foram que lhe falte ar, este é o tempo de se virar a Ele e dizer: “Senhor, não me deixe perder contato. Mantenha os meus pés na terra e faça com que me lembre sempre de que não sou melhor do que nenhum outro cristão”.

Pois é em tempos da grande revelação que precisamos mais da humildade de Cristo. Relembre o espinho na carne de Paulo. Deus colocou o espinho em sua vida para guardar os seus pés na terra em vista da extraordinária revelação espiritual.

Frank Viola
(Texto extraído do folheto "O Seu Cristo é Muito Pequeno", Editora Restauração)
www.editorarestauracao.com.br

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Satanização do Natal


O conceito original do Natal era certamente profundo; e por seu mesmo significado e teor, também destinado a mais transcendental controvérsia; o qual explica a paulatina satanização do natal. A palavra "natal" é uma contração de outra palavra: "natividade", e se refere ao nascimento da prometida Semente da Mulher que esmagaria a cabeça do dragão serpente, imperador da morte, a custo de Suas feridas, Sua morte expiatória, pois seria ferido no calcanhar quando esmagasse a cabeça da serpente.

A primeira origem de tal conceito provém do hiper arcaico documento titulado Sefer toledot Adam, ou "Livro das Relações de Adão", incorporado e atualizado debaixo da divina inspiração por Moisés no Br"shit da Torah, normalmente chamado Gênesis, o primeiro livro do Pentateuco. Tal documento hiper arcaico é a segunda das relações incorporadas e atualizadas debaixo da divina inspiração por Moisés e aparece depois do Toledot ha-shamayim v-et ha-erets, ou "Relações dos Céus e da Terra", que contem as primeiras origens e o Heptameron(ou sete dias)da obra e composição dos céus e da terra. O Sefer toledot Adam, segundo a capitulação e versificação alta - medieval de Canterbury, vai desde Gn.2:4b até Gn.5:1a . Na passagem 3:14-15, um verdadeiro proto – evangelho, está escrito o seguinte: ".14Então o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. .15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" [negritas deste autor].

Deus promete pois à serpente, a quem o apóstolo João divinamente inspirado em Apocalipses chama : "o dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás" (Ap. 12:9), que a Semente da Mulher esmagaria sua cabeça, ainda que fosse ferido. Tal ferida no calcanhar eqüivalia à Sua morte expiatória para redimir do pecado e da morte o homem, que havia sido introduzido neles pelo querubim caído Lúcifer. Tal expiação foi prefigurada no sacrifício do animal de cuja as peles recobriu a nudez disfarçada dos nossos pais primogênitos. É essa a razão pela qual Eva, quando deu a luz a Caim, disse de forma exaltada: "Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR" (Gn.4:1). Caim significa adquirido. Provavelmente Eva pensou que Caim já seria a semente prometida. De tal maneira, Caim seria o primeiro protótipo do falso cristo, o qual assassinou o seu irmão Abel, o qual certamente se cobria, como foi com os seus pais, com o sacrifício expiatório do mais gordo de suas ovelhas, prefiguração do sacrifício de Cristo. Mas diferente do possível pensamento de Eva, o que realmente começou a acontecer na pré figurativa história de Caim e Abel, foi o início da inimizade prometida por Deus entre duas linhas, a da serpente e a de Deus. Também Caim, debaixo de inspiração maligna, antecipou-se apressadamente a chamar Enoque, iluminado, a seu primogênito; mas o verdadeiro iluminado de Deus o Enoque descendente de Sete, o qual também profetizou sobre a futura vinda dAquele que esmagaria a cabeça da serpente. O Enoque cainita era um falso iluminado, igualmente o seu pai Caim não era a verdadeira semente prometida. Mas o Enoque setita sim, profetizou por inspiração divina: "14Quanto a este(os ímpios) foi também que profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, 15para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticam e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele. 16Os tais murmuradores, são desobedientes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros." (Jd.1:14-16). A história deste Enoque setita era também conhecida pelos sumérios e caldeus, chamando-os em seu idioma de: Enmeduranna de Sipar, segundo o Prisma Well-Blundell (W:B:444,62) com o catálogo de personagens antediluvianos e outros documentos. Por sua parte, o antigo historiador dos caldeus, de nome Beroso, se refere a Enoque setita como: Evedoranjos de Pautibibla, também chamado Emenduranki. Tais tradições passaram no período intertestamentairo aos quatro conhecidos livros do Ciclo de Enoque: o etíope–grego, o eslavo. O hebreu e o arameu, ademais dos fragmentos coptos. O irmão de Jesus CRISTO, Seu apóstolo Judas Tadeu Lebeu seleciona de tal tradição o fundamental. Nessa mesma época, o rabino Ismael acrescenta tal tradição com suas "visões" da Merkabah. A sua vez, também Lameque setita, pai de Noé, tinha a esperança de que este algo assim como a semente prometida(Gn.5:28-29, do Toledot Nojá); mas Noé foi apensa uma prefiguração típica, pois salvou a humanidade na arca durante o Dilúvio. Do qual o apóstolo Pedro nos ensina que é uma prefiguração do batismo em Cristo (1Pd.3:20-23). Mas já passado o Dilúvio, aparece outro protótipo do anticristo: Ninrode , ou Nino, quem está por detrás da chamada civilização de Nim-Marad, equivalente a Suméria. Sua esposa Semiramis, depois da morte trágica daquele, deifica ao herói mediante o espiritismo; e dali surge o modelo mitológico da mãe que se torna esposa do filho, pois Samiramis considerou a Ninrode como Zoroastra, isto é, a semente prometida. A este respeito, recomendo o leitor ao capítulo 7 do livro "Pespectiva del Hombre", deste mesmo autor: "Relaciones histórico-mitologales". Sobre tal transformação mitológica bem nos informa Alexander Hislop, com a sua abundante bibliografia no seu recomendável livro: "Las Dos Babilonias", o qual lhe custou a vida, pois o mataram por isso em 1854. Baseado nele e outros estudos históricos, recentemente Ralf Woodrow escreveu sua famosa "Babilônia, a Religião dos Mistérios", onde nos informa da paganização da cristandade periférica a partir de Constantino.

Mas não vamos nos adiantar tanto. Depois da época de Ninrode, aparece Abraão, pai da Fé. A este vem a promessa de que em sua semente seriam bendita todas as famílias na terra. De modo que a semente da Mulher seria também a Semente de Abraão; e assim sucessivamente, viria pela linha de Isaque, de Jacó Israel e da tribo de Judá. E então também da família de Isai(Jessé) e do rei Davi. Nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, Isaías e Miquéias profetizam acerca de tal nascimento. Isaías profetizou: "Portanto, o SENHOR mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel (Deus conosco).../...Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso , Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos exércitos fará isto" (Is.7:14; 9:6-7).

De sua, Miquéias profetizou: "E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cuja as origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto, o SENHOR os entregará até ao tempo em que a que está em dores tiver dado à luz, então, os restantes dos seus irmãos voltará aos filhos de Israel" (Mq.5:2-3). De modo que, por um lado, Isaías acrescenta ao quadro profético fato de que a Semente da Mulher que viria por Abraão, Isaque, Israel, Judá, Isai(Jessé) e Davi, seria realmente uma semente de mulher; isto é, de uma jovem donzela virgem. O qual seria o sinal divino. E por outro lado, Miquéias acrescentou que nasceria na cidade de Belém de Judá. Isso foi o que profetizou Isaías e Miquéias mais de 700 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, como consta na documentação desenterrada pela arqueologia em Qumram e outros lugares. Ademais, Miquéias dá a entender que a vinda do Messias seria em duas etapas: a primeira em Belém, para sofrer como expiação; mas os deixaria por um tempo esperando o pacto espiritual do povo do Deus. Então, depois da formação de Cristo na Sua igreja e a conversão de Israel para ser enxertado na sua própria oliveira, regressaria para reinar, já não a Belém, senão no monte das oliveiras, também segundo outras profecias.

O significado profundo do natal, ou natividade, é o recebimento do nascimento do Messias em Belém, que veio para desfazer as obras do Diabo. Por isso o dragão, segundo Apocalipses, para na frente da Mulher, com a intenção de devorar o menino após o seu nascimento. E agora já não é mais o turno de Caim, nem de Nirode, senão de Roma por mão de Herodes, chamado pelo seus de o grande, para levantar-se contra o Ungido de Deus. Mas avisados sobrenaturalmente fogem para o Egito. Depois da conversão de Constantino, imperador romano, a serpente procura então imitação na paganização da cristandade periférica. O paganismo continua então adotando os nomes cristãos para as festas pagãs, e isso com a conivência de líderes contemporizadores e de curta visão. O solstício de inverno no hemisfério norte, figurado com uma aureola solar especial, dá lugar à festa do sol invicto, com pano e fundo mitraico, tão apreciado por Carlos Gustavo Jung, guru da nova era, que é a velha era de novo. A festa do sol invicto, pois ao Messias nas Sagradas Escrituras é chamado de: O Sol da Justiça, é convertida então na celebração do nascimento do menino Jesus, mas totalmente fora das verdadeiras conotações cronológicas, senão apenas temáticas.

O aspecto cronológico verdadeiro do nascimento e Jesus é o seguinte: o sacerdote Zacarias, casado com Isabel, que era parente da virgem Maria, pertencia a classe de Abias, a oitava classe entre os 24 turnos sacerdotais estabelecidos por Davi. A cada classe correspondiam 15 dias entre os 360 do ano lunar para exercer a liturgia sagrada no santuário. A oitava classe , a de Abias, à qual Zacarias pertencia, o pai de João o batista, completava sua liturgia ao terminar o quarto mês, rebyhy. O ano bíblico e cósmico começa no equinócio de primavera, quando brota a vida, segundo a vontade de Deus expressa a Israel na Torah (Êxodo 12), no mês de Abib Nissán, entre a segunda quinzena de março e a primeira de abril. Depois dos meses (1)Abib Nissán, (2)Zif, (3)Siván e (4)hebyhy, ao terminar Zacarias a sua liturgia, Isabel sua esposa concebe e no sexto mês de sua gravidez, Maria então concebe pelo Espírito Santo conforme a profecia e o novo anúncio divino pelo anjo Gabriel. Portanto, o 6 meses de Isabel correspondem a (5)hamyshy, (6)Elul, (7)Etanim, (8)Bul, (9)Kisleu, (10)Tebet, no décimo mês do ano, Tebet, o sexto da gravidez de Isabel, aparece Gabriel a Maria para anunciar-lhe a concepção de Jesus. Tebet eqüivale a segunda quinzena de dezembro e a primeira de janeiro. Contando então os nove meses da gravidez de Maria, teremos: (11)Shebat, (12)Adar, (1)Abib Nissán, (2)Zif, (3)Siván, (4)rebyhy, (5)hamyshy, (6)Elul, (7)Etanim. Portanto, Jesus Cristo nasceu no sétimo mês do ano bíblico e cósmico, chamado nas Sagradas Escrituras: Etanim, que corresponde com a segunda quinzena de setembro e a primeira de outubro, o mês do zodíaco astrônomo corresponde a Virgo, pois o Messias nasceu da virgem como Semente da Mulher. Neste mês se celebra o dia da expiação, pois Jesus Cristo nasceu de uma virgem para morrer pelos nossos pecados e redimir-nos do pecado e da morte. O ciclo que começa em Virgo termina em Leo, pois o Messias regressará pela segunda vez como o Leão da tribo de Judá para julgar e reinar.

Dionísio o Exíguo, o erudito depois do calendário gregoriano que substituiu ao juliano, e que usamos atualmente, está defasado em um septenário(sete anos), pois errou ao colocar o nascimento de Jesus Cristo depois da morte de Herodes, chamado de grande pelos seus. No entanto, Jesus Cristo nasceu antes da morte de Herodes, pois este foi visitado magos da Anatólia(Ásia Menor) depois do nascimento do menino Jesus. Passado um tempo, este Herodes organizou a matança do filhos inocentes de Raquel em Efrata, quando José, Maria e Jesus já haviam fugido para o Egito. O fenômeno astral que guiou os magos desde sua terra, em três etapas até Belém, foi descoberto pelo grande astrônomo Johanes Kepler, que comprovou cientificamente que uns anos antes da morte de Herodes, se viu três vezes desde o ângulo de Belém, a conjunção dos planetas Júpiter e Saturno. Desde a presença do profeta Daniel na Pérsia como líder dos magos, os mazdeitas esperavam ao Rei dos Judeus prometido. E posto que Júpiter é o planeta real e Saturno o sabatino(saturday), e o sábado está ligado aos judeus , a conjunção de Júpiter e Saturno significou para eles o sinal do nascimento do Reis dos Judeus. A conjunção também se deu, pois, no mês de Etanim. Mas vemos então o desejo da serpente de fazer-se igual a Deus, quando na forma ocultista influencia no desenho da estrela de Belém, um pentagrama com duas pontas para cima, como os chifres do rosto de bezerro(ou bode de Mendes) do querubim caído. O intuito de Lúcifer sempre foi satanizar o natal.

A partir de Francisco de Assis, iniciou-se a lembrar-se do natal com a elaboração de presépio. Desgraçadamente, a partir dos países nórdicos juntamente com a conivência luterana, introduziu-se a figura da árvore de natal. Vemos então como a serpente substituiu ao presépio com a árvore de natal e o nascimento de Jesus com a "terna" história de santa Klaus, Papai Noel. O que era uma celebração religiosa e espiritual, foi transformado pela serpente em orgia de bebedices e comilanças, cada vez mais parecida ao halloween das bruxas. De fato, ao lado de Papai Noel começaram a aparecer as mamães Noel sexis com roupas menores. Começou-se a falar de magia e fantasia e agora está rodeada de duendes; precisamente dos servidores da serpente, igualmente os comerciais inspirados que estão por detrás da balela universal. Porque não é somente em um país que esta satanização vem acontecendo, senão em todo mundo, onde, como Caim, Ninrode e Judas Iscariote, as elites "iluminadas" através das multinacionais roubam o show, deificando o dragão. Hoje mesmo recebi um folheto de propaganda para celebrar o natal com duendes e dragões, enquanto o nome do Senhor Jesus Cristo é ridicularizado. Este é o espírito que está por detrás da satanização atual e antiga do natal. Detrás do programa de usurpação maligna e luciferana, estão as elites do druismo iluminat, digitador da maçonaria, cujo Conselho de 13 Grande Druidas, não faz muito presidido por Gaven Frost em seu programa de ocultização do cristianismo, segundo os testemunhos de Lance Collins ou John Todd, Mike O" Connors e outros, realiza o ecumenismo ocultista das elites esotéricas anticristãs. Tenho passado por vário países e pude observar que a manipulação da educação e do comércio não é um assunto local e sim global. Em todos os colégios das minhas filhas e em vários países, se promove o mesmo filme de Aladim e a lâmpada mágica(maravilhosa), para induzir às crianças e os jovens, se não podem com os adultos, ao ocultismo. O livro pedido para leitura à minha filho no colégio "Carlos Basa calabaza", onde um demônio malcheiroso se faz amigo de um criancinha para que nunca venha a separar dele. Promoveram Batman como herói dos jovens; e quando alcançaram o objetivo de novo culto, declararam com feroz propaganda a Batman como o rei dos demônios. Natal nada tem a ver com duendes, nem dragões, nem magia, nem fantasia, nem comilanças e bebedices, papais Noel e mamãezinhas sexis, como se fosse outro halloween de bruxas; natal tem a ver com o nascimento virginal de Jesus Cristo em Belém para desfazer as obras do diabo, perdoar nossos pecados e conduzir-nos à glória divina ao outro da morte. Satanás e seus dráculas só desejam deformar a imagem de Deus no homem e reduzi-lo ao tormentoso inferno com uma gargalhada sinistra. DISSE Jesus Cristo: "Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha."

Gino Iafrancesco V., 2006, Bogotá

domingo, 17 de outubro de 2010

Onde esta a Igreja de Cristo?


Você já deve ter visto que não pertenço a qualquer denominação religiosa, mas me congrego com outros irmãos somente ao nome do Senhor Jesus e reconhecendo o Seu Corpo, a Igreja, aquela (a única) que inclui TODOS os salvos.

Quanto à sua pergunta, o único templo que Deus reconhece é o templo de Jerusalém (agora destruído). No início da igreja (a partir de Atos 2) os primeiros cristãos ainda não tinham entendimento de que deviam se apartar daquela forma de coisas que pertenciam ao culto judaico (isso depois seria melhor explicado na epístola aos Hebreus) e continuaram a frequentar o templo de Jerusalém.

Mais tarde nós os encontramos se reunindo em casas e assim foi durante alguns séculos, até o Império Romano adotar o cristianismo como religião oficial do império e transformar o culto cristão em uma mescla de judaísmo, cristianismo e paganismo. A partir de então começaram a surgir templos cada vez mais luxuosos e esse costume continuou mais tarde também com os protestantes, que apenas tiraram os ídolos de seu interior, mas mantiveram o conceito de "templo".

Quando cristãos se reúnem, o lugar físico não importa muito. Pode ser numa casa, salão, escola, garagem, barco ou até debaixo de uma árvore. O "templo", na atual dispensação, é cada cristão (individualmente) e a igreja (coletivamente). Entenda como "igreja" o corpo de Cristo, do qual fazem parte TODOS os salvos.

Quanto à sua outra pergunta, "Onde está a Igreja de Cristo?", ela está neste mundo. Se mudar sua pergunta para "onde estão as Forças Armadas" você entenderá melhor, pois dificilmente alguém poderá especificar um local físico onde estejam concentradas todas as Forças Armadas.

Se uma esquadrilha de aviões passar sobre sua cabeça você pode apontar para ela e dizer que as forças armadas estão ali. Se vir um cruzador no mar, pode fazer o mesmo. Se cruzar com uma divisão de tanques na estrada, pode dizer que aquilo são as forças armadas indo para algum exercício.

Então, quando você vê cristãos, pessoas salvas pelo sangue de Cristo, você está vendo a Igreja. Porém, assim como existe uma representação oficial local das forças armadas em várias cidades, representada pelos quartéis ou "tiros de guerra", existe uma representação oficial local da igreja onde dois ou três estiverem reunidos em (ou para o) nome do Senhor Jesus.

Porém, eu entendo que dois ou três que estejam reunidos em nome do Senhor Jesus "e" da "igreja X" (que não inclui todos os salvos) não podem ser considerados uma representação fidedigna da Igreja em sua manifestação local, pois estão representando não todos os salvos, mas apenas o grupo dos membros da "igreja X".

Uma vez um irmão, que se reunia ao nome do Senhor Jesus somente, ia para sua casa depois de ter se reunido com os irmãos para partir o pão e o vinho em memória do corpo e sangue do Senhor na celebração da Ceia do Senhor. No caminho ele se encontrou com outro cristão, seu irmão em Cristo e disse:

- Hoje vi você lá conosco, enquanto participava da Ceia do Senhor.

- Impossível! - respondeu o outro - Eu nunca frequentei aquele lugar.

- Mas eu vi sim, tenho certeza. Você estava no pão que partimos.

1Co 10:16, 17 "Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão".

Palavras do irmão Mario Persona
www.respondi.com.br

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Porque Deus Permite o Sofrimento

1. O Sofrimento e a Liberdade de Escolha: Pais amorosos anseiam por proteger seus filhos da dor desnecessária. Mas os pais que são sábios conhecem o perigo da proteção excessiva. Eles sabem que a liberdade de escolha jaz do coração do que significa o ser humano, e que um mundo sem escolha seria pior do que um mundo sem dor. Pior ainda seria um mundo cheio de gente que poderia fazer escolhas erradas sem sofrer qualquer dor. Ninguém é mais perigoso do que o mentiroso, o ladrão ou o assassino que não sente o mal que está causando a si e aos outros (Gn. 2. 15-17).

2. A Dor Nos Avisa do Perigo: Odiamos a dor principalmente naqueles que amamos. Mas sem o desconforto o doente não procuraria o médico. Os corpos exaustos não buscariam o descanso, os criminosos não temeriam a Lei, os filhos ririam da correção. Sem as dores da inconsciência, a insatisfação diária do tédio ou o anseio vazio pela importância, as pessoas que foram feitas para encontrar satisfação em um Pai Eterno, se contentariam com muito menos que isso. O exemplo de Salomão, seduzido pelo prazer e instruído por suas dores, nos mostra que mesmo os sábios entre nós tendem a se desviar do bem de Deus, até serem aprisionados pela dor resultante das próprias escolhas limitadas.

3. As Dores e as Coisas Ocultas do Coração:
O sofrimento é sempre provocado pelas mãos dos outros, mas ele tem um modo de revelar o que está em nossos próprios corações. A capacidade para amar, ter misericórdia, irar, invejar e orgulhar jazem latentes até serem despertadas pelas circunstâncias. Força e fraqueza de coração não são encontradas quando tudo está indo do nosso jeito, mas sim quando chamas de sofrimento e tentação provam o valor do nosso caráter. Assim como o ouro e a prata são refinados pelo fogo, e carvão precisa de tempo e pressão para se tornar um diamante, assim o coração humano é revelado e desenvolvido por suportar a pressão e o calor do tempo e das circunstâncias. A força de caráter é revelada não quando tudo está bem, mas na presença da dor e do sofrimento humano.

4. A Dor e as Divisas da Eternidade:
Se a morte é o fim de tudo, então uma vida cheia de sofrimento não é justa. Mas se o fim dessa vida nos leva ao começo da eternidade, então as pessoas mais afortunadas no universo são aquelas que descobrem, através do sofrimento, que esta vida não é tudo o que temos para viver. Aqueles que encontram a si mesmos e ao Deus eterno através do sofrimento não desperdiçaram suas dores. Eles permitiriam que sua pobreza, tristeza e fome os conduzisse ao Senhor da eternidade. Esses são os que hão de descobrir para sua alegria infindável porque Jesus disse: “Bem aventurado são os pobres de espírito, porque deles é o Reino de céus.”

5. A Dor Nos Desprende Dessa Vida:
Com o tempo, nosso trabalho e nossas opiniões são menos e menos procuradas. Nossos corpos começam a piorar com o desgaste e pouco a pouco caem num desuso inevitável. As juntas endurecem e doem, os olhos escurecem, a digestão fica lenta, o sono se torna difícil, os problemas aumentam e as opiniões diminuem. Mas, se a morte não é o fim, mas apenas o começo de um novo dia, então a maldição da idade avançada também é uma benção. Cada nova dor torna este mundo menos convidativo e a próxima vida mais atraente. A seu modo, a dor prepara o caminho para uma partida maravilhosa.

6. A Dor e a Nossa Confiança em Deus:
O mais famoso sofredor de todos os tempos foi um homem chamado Jó. Ele perdeu seus filhos no vento e no fogo, seus bens num ataque inimigo e sua saúde nos tumores dolorosos. Diante de tudo isso, Deus não disse a Jó porque isso estava acontecendo. Enquanto Jó rebateu as acusações dos seus amigos, o céu permaneceu silencioso. Quando Deus finalmente falou, Ele não revelou que o Seu mais antigo inimigo, Satanás, havia desafiado os motivos de Jó em servir a Deus. O Senhor também não pediu desculpas por permitir que Satanás testasse a devoção de Jó. Pelo contrário, Deus falou sobre as cabras monteses dando à luz, filhotes de leão caçando, corvos no ninho, as largas passadas do cavalo, as maravilhas dos céus, os segredos do mar e o ciclo das estações. Jó pode concluir que se Deus tinha poder e sabedoria para criar este universo físico, havia razão para se confiar nesse mesmo Deus nos tempos de sofrimento.

7. Deus Sofre Junto Conosco:
Ninguém tem sofrido mais do que nosso Pai no céu. Ninguém tem pago um preço maior por permitir que o pecado entrasse no mundo. Ninguém tem sofrido tão continuamente por causa da dor de uma raça arruinada. Ninguém tem sofrido como Aquele, que pagou por nossos pecados no corpo crucificado do Seu Próprio Filho, do que Aquele que, quando estendeu seus braços e morreu, nos revelou o quanto nos ama. É este Deus que, ao nos atrair a si mesmo, nos pede para confiar nele quando estamos sofrendo e quando aqueles que não são mui queridos choram em nossa presença. (1 Pd. 2.21; 3.18; 4.1)

8. O Conforto de Deus é Maior Que a Dor:
O apóstolo Paulo implorou ao Senhor que tirasse uma fonte não identificada de sofrimento. Mas o Senhor recusou dizendo: “Minha graça é suficiente para ti, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” Ao que Paulo respondeu: “Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas minhas fraquezas, nas injurias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte” (2 Co. 12.9,10). Paulo aprendeu que ele preferia estar com Cristo no sofrimento do que sem Cristo na saúde e circunstâncias agradáveis.

9. A Dor nos Aproxima dos Outros:
Ninguém escolheria dor e sofrimento, mas quando não há escolha, resta alguma consolação. Os desastres naturais e os tempos de crise têm uma forma de nos reunir. Furacões, incêndios, terremotos nos conduzem à nossa sensibilidade. Repentinamente nos lembramos da nossa própria mortalidade e que as pessoas são mais importantes que coisas, que precisamos uns dos outros, e acima de tudo, precisamos de Deus. Cada vez que descobrimos o conforto de Deus, em nosso sofrimento, nossa capacidade de ajudar os outros é aumentada. Isso Paulo tinha em mente ao escrever. “... Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que possamos confortar aqueles que são atribulados, com o consolo que nós somos consolados por Deus”. (2 Co. 1.3-4).

10. Deus Transforma o Sofrimento em Bem:
Essa verdade pode ser melhor vista em muitos exemplos da Bíblia. Através do sofrimento de Jó, podemos ver um homem que não apenas teve um conhecimento mais profundo de Deus, mas tse tornou numa fonte de encorajamento para todas as gerações vindouras. José foi rejeitado, traído, vendido como escravo aprisionado injustamente. Nele vemos alguém que pode dizer aos que o feriram: “Vós intentaste mal contra mim... . Deus o transformou em bem” (Gn. 50.20). Quando tudo em nós grita contra os céus por permitir o sofrimento, temos motivo para considerar o resultado e alegria eterna de Jesus, o Qual em Seu próprio sofrimento na cruz de um condenado, clamou: “Deus meu, Deus meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27.16).

Se a deslealdade e o sofrimento da vida não te deixam aceitar que um Deus no céu Se preocupa com você, considere o sofrimento dAquele que o Isaías chamou de “Homem de dores e experimentado nos sofrimentos” (53.3). Pense em suas costas dilaceradas, Sua fronte ensangüentada, Suas mãos e pés perfurados pelos cravos, Seu lado rasgado, Sua agonia no Getsêmane e no Seu grito de abandono. Considere que ele declarou que não estava sofrendo por seus pecados, mas pelos nossos. Para nos dar o direito de escolher, Ele nos deixa sofrer. Mas Ele mesmo carregou a dor e penalidade final por todos os nossos pecados (2 Co. 5.21; 1Pd. 2.24).

Texto selecionado pelo irmão Delcio Meireles